Hoje vou falar do maior nome da música brasileira em termos de fama internacional: SEPULTURA! Após 2 belissímos álbuns (Arise e Chaos A.D.) a banda resolve tomar uma linha que já vinha sendo um pouco explorada no álbum anterior (Chaos A.D.), porém, desta vez com bem mais intensidade. O nome do disco já diz tudo, eles foram realmente nas raízes da música brasileira. O último álbum da banda com o gênio Max Cavalera, foi também o seu auge e o álbum que levou o Sepultura a ser respeitado internacionalmente e que abriu diversas portas para a cena do Metal no Brasil. O disco influenciou diversas bandas, alguns exemplos: Ill Niño, Slipknot, Angra, Ektomorf, entre outras.
O álbum começa com um dos maiores hits na história da banda: "Roots Bloody Roots". O clipe foi gravado na cidade de Salvador, e logo de início é notável a sonoridade crua e pesada do Sepultura fugindo um pouco daquele som característico do Thrash Metal. Seguindo de "Cut-Throat" e "Attitude" você percebe o uso de berimbaus, instrumentos tipícos de música brasileira que se envolvem perfeitamente com o som bruto da banda e os excelentes vocais de Max Cavalera. A 4ª faixa, "Ratamahatta", foi gravada com Carlinhos Brown que em determinado momento dá até para classificar a música como New Metal. Com uma letra simples, genial e cantada totalmente em português é sem dúvida a melhor faixa do álbum, onde o som rápido e a mistura de rítmos fica em perfeita harmonia. As batidas que lembram muito o carnaval em "Breed Apart", fazem do álbum uma coisa única, as distorções também encontradas em "Straighthate" (características do New Metal) junto com os vocais agonizantes de Max Cavalera e som psicodélico de "Lookaway" (onde a letra fico a cabo do vocalista Jonathan Davis (KoRn) e a mixagem por conta do DJ Lethal (Limb Bizkit)) apenas demonstram as inúmeras misturas feitas neste álbum. Na faixa "Dusted" o maior destaque fica por conta do instrumental, onde o baixista Paulo Jr. deixa a música com um tom de maior peso juntamente com a bela linha de guitarra tomada por Andreas Kisser e a bateria de Iggor Cavalera que dispensa comentários!
Seguindo com o álbum, você se depara com duas faixas onde foram gravadas junto com a tribo de índios Xavantes, "Jasco" e "Itsari". Uma coisa simplesmente fantástica, quem poderia imaginar que uma banda de Thrash Metal pesada como Sepultura, iria vir a fazer um álbum onde duas faixas foram gravadas com uma tribo de índios?! É justamente essa genialidade que fez o Sepultura se tornar uma das bandas mais respeitadas do mundo. Músicas como "Ambush" e "Born Stubborn" demonstram o lado mais Thrash e rápido tão característico da banda, sem perder o tema que foi abordado no álbum: as raízes da música brasileira.
Fecho a resenha com uma crítica para os que dizem que o Sepultura "morreu" no álbum "Arise", nunca uma banda levou a música e o nome do Brasil tão bem quanto o Sepultura com os álbuns "Chaos A.D." e o bombástico "Roots", é lamentável o quanto brasileiro não sabe valorizar o que tem de melhor no Brasil e que uma banda que fazia letras tão gêniais e críticas a sociedade seja ofuscada por coisas como "Créu" e "Gaiola das Popozudas" por que simplesmente não cai no gosto popular. Por isso, se algum dia você estiver fora do país e te perguntarem sobre Sepultura, você deve estufar o peito e dizer: SEPULTURA, DO BRASIL!
01."Roots Bloody Roots" - 03:32
02. "Attitude" - 04:15
03. "Cut Throat" - 02:44
04. "Ratamahatta" - 04:30
05."Breed Apart" - 04:00
06."Straighthate" - 05:21
07."Spit" - 02:45
08."Lookaway" - 05:25
09."Dusted" - 04:03
10."Born Stubborn" - 04:07
11."Jasco" - 01:57
12."Itsári" - 04:48
13."Ambush" - 04:38
14."Endangered Species" - 05:19
15.Dictatorshit" - 01:23
16."Canyon Jam" - 13:16
Sepultura - Roots
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